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Antigo oceano em Marte formou um tsunami gigante após impacto de asteroide

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Dezembro de 2022 às 09h02

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ESO/M. Kornmesser/N. Risinger
ESO/M. Kornmesser/N. Risinger

Há cerca de 3,4 bilhões de anos, um asteroide gigante causou um megatsunami em Marte, semelhante ao impacto que causou a extinção dos dinossauros na Terra. Ao menos essa é a conclusão de um novo estudo que simulou uma colisão e encontrou resultados consistentes com observações do solo marciano.

Há diversas evidências de que, há muito tempo, Marte foi coberto por oceanos, mas eventos ainda desconhecidos teriam destruído sua atmosfera e carregado toda a água para o espaço. Uma das pistas foi encontrada quando a sonda Viking 1 pousou em Marte em 1976, perto de onde os cientistas esperavam encontrar um grande sistema de canais de inundação. Contudo, o que eles encontraram foi apenas uma planície repleta de pedras.

Isso permaneceu em mistério até 2016, quando surgiu uma primeira pesquisa sugerindo que a planície (batizada como Maja Valles) se formou devido a um tsunami — ou melhor, dois tsunamis: o primeiro 3,4 e o segundo 3 bilhões de anos atrás. Algumas simulações mostraram que o asteroide que formou a cratera de Lomonsov seria a fonte do segundo tsunami. Porém, nenhum sinal da causa do evento anterior. Agora, J. Alexis P. Rodriguez, autor do estudo de 2016, afirma ter resolvido o mistério.

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Rodriguez e sua equipe se concentraram na cratera Pohl, localizada a cerca de 900 quilômetros a nordeste do local de pouso da Viking 1. Ela tem 110 quilômetros de diâmetro e alcança uma profundidade de 120 abaixo do que poderia ter sido o nível do mar marciano. Com base nas rochas da região, Pohl deve ter sido formada há cerca de 3,4 bilhões de anos, época que coincide com a data do suposto tsunami.

Já que os motivos para suspeitas eram bons o suficiente para tentar elaborar uma nova hipótese, a equipe decidiu simular um impacto de asteroide no local, usando computadores e os dados conhecidos sobre o terreno.

Dois cenários mostraram um resultado bem consistentes com as características atuais da planície Maja Valles: o primeiro cenário é o impacto de um asteroide de 9 km colidindo contra um solo bem resistente, enquanto o segundo foi um asteroide de 3 quilômetros de diâmetro se chocando com um terreno de fraca resistência.

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Em ambos os casos, os cientistas encontraram na simulação uma cratera de 110 km de diâmetro sendo gerada pelos eventos. Além disso, a explosão do impacto simulado desencadeou um megatsunami que cobriu a região ao redor de Maja Valles. As pedras que formam a paisagem do “vale” são, na verdade, os restos que sobraram do asteroide, carregados pelo tsunami.

A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports.

Fonte: Scientific Reports; Via: ScienceAlert